sábado, 26 de fevereiro de 2011

Crônicas Omne 2x05

Capítulo 15: O retorno parte 2

"Imaginação é mais importante que conhecimento."
Albert Einsten 


       Não imaginava que James fosse tão frívolo, sem questionar a si próprio sua moralidade, aquela sala de armas pode revelar como éramos tão opostos.
_Exterminá-los? Nós vamos matar pessoas!
_Eles não são pessoas.
_Que seja, eles continuam sendo vidas, vamos apenas simplesmente mandá-los para o astral?
_E o quer que nós façamos? Diga-me.
_Eu não sei...
      Arthur interferiu na conversa.
_Gabriel, eu sei que você está preocupado, vê como uma coisa errada tirar vidas, mas qual outra opção temos? Se não fizermos isso eles se multiplicarão e mais pessoas morrerão, como repertores, não podemos deixar que isso aconteça.
_E que tal uma prisão? Ou uma cura?
_Prisão não pode detê-los, quando um é preso muitos outros podem vir resgatá-lo, quando a cura...está além da nossa compreensão.
_Como assim?
_Os vampiros são extremamente antigos, acreditamos que seja resultado de tecnologia atlante. A civilização de Atlântida foi capaz de feitos incríveis, entre eles a manipulação genética, porém, acreditamos que tal tecnologia excedeu tudo o que conhecemos hoje, unindo físico com astral.
_Um DNA astral.
_Exatamente, tal o motivo de não conseguirmos fabricar uma cura.
_Vamos logo Gabriel, temos que descobrir onde fica a toca.
       Não estava totalmente convencido a matar vampiros, além de também não saber mexer com armas, James me explicou os princípios básicos, talvez ele acreditava que eu era apto a apenas apontar e atirar, confiou em mim por um momento. Chegamos no último local onde os vampiros atacaram, o hospital Santa Luz.
_Que tipo de pistas estamos procurando?
_Vampiros emitem um tipo de feromônio diferente dos humanos, isto o fazem saber distinguir sua espécie, o feromônio vampírico fica mais tempo no ambiente que o humano.
_E como vamos identificar?
_Através de um composto químico chamado organotelureto, adaptado para reagir com o feromônio de vampiros, uma vez que entre em contato servirá como um marcador, tal composto foi desenvolvido por seu avô, Thomas Egne.
_Meu avô?
_Sim, foi um cientista muito importante para os repertores, contribui com o desenvolvimento de muitas tecnologias.
_Nunca o conheci...
_Nem eu, mas ouvi falar dele muito bem por Lucian.
_Lucian...
_É, eu sei Gabriel, mas vamos esquecer isto por enquanto, temos trabalho a fazer.
       James retirou de sua mochila um spray contendo o reagente, jorrando sobre o ar, mas nada aconteceu, já passando dez minutos.
_Acho que teu spray está fora da validade James.
_Não subestime a ciência Gabriel, é preciso paciência para obter-se resultados aproveitáveis, observe bem.
        Pequenas partículas cinzas começaram a brilhar, ainda que fracamente, era bem visível.
_Gabriel, lhe apresento o feromônio vampírico.
_Algo que esteve todo o tempo aqui, mas ninguém vê.
_Assim como o plano astral.
_E agora?
_Agora recolho a substância e o coloco em um analisador de frequências, desenvolvido por Lucian e seu avô.
_Como funciona?
_Ele analisa a frequência da substância, ou seja, sua vibração, desta forma podemos traçar uma rota para um local onde há maior concentração do feromônio.
_A toca dos vampiros.
_Exatamente.
_Mas o local podem ser muitos, não?
_De fato, por isso teremos que seguir algumas pistas, acredito que hoje vampiros estejam se escondendo em hotéis.
_E vamos procurar um por um?
_Não há outra alternativa.

15 HORAS MAIS TARDE
       Após um longo tempo procurando achamos o hotel como James havia previsto, o analisador soava como um rugido, indicando que era o local certo, posicionou o fuzil com sensor térmico no telhado de outro prédio, onde ficamos até então para observar o movimento, vimos os vampiros encapuzados, estavam reunidos, planejando, após algum tempo entraram no prédio.
James planejou comigo para eu plantar uma bomba no prédio enquanto ele cubra minha retaguarda, senti que não seria um bom plano, mas aceitei, da mesma forma que ele confiou em mim, também teria que confiar nele.
       Os poucos vampiros que estavam na entrada foram mortos à distância pelo fuzil do James, entrei cautelosamente, teria que colocar a bomba bem no centro do prédio, entrei no elevador para subir dois andares, após a porta se abrir dois vampiros notaram vindo em minha direção, apontei a pistola que carregava, mas minha péssima pontaria atirava balas para todos os lados, exceto neles, além de fazer um barulho enorme, James me salvou atirando pelos vidros.
_Droga Gabriel, não faça tanto barulho.
       Logo percebi James atirando em andares acima, era claro o que estava acontecendo, perceberam que eu estava no prédio, agilizando, entrei na sala determinada onde seria plantado a bomba, fiquei surpreso, muitas bolsas de sangue, além de pedaços de corpos humanos, ouvi um ruído atrás de mim, ao me virar fui nocauteado, ficando inconsciente.
       Abri os olhos, estava deitava em lugar diferente, uma sala razoavelmente grande, inúmeros relógios, dos mais diferentes tamanhos e formas, cada um tinha seus ponteiros girando em velocidades diferentes um dos outros, um senhor de jaleco preto segurava um guarda-chuva, então virou-se para mim.
_Podemos começar?

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